A capital portuguesa dispõe neste momento de 4.560 fogos habitacionais com condições de avançar para o mercado a curto prazo, um volume que traduz um potencial acréscimo de 46% face ao volume de habitação já em construção na cidade. A conclusão resulta de uma análise da Confidencial Imobiliário a dados da Câmara Municipal de Lisboa sobre o licenciamento entre 2022 e o primeiro semestre de 2025, abrangendo alvarás de obras e projetos de loteamento.
Tendo em conta esse universo, a Confidencial Imobiliário apura que neste período de cerca de quatro anos foram licenciados um total de 14.410 novos fogos em Lisboa, dos quais 9.850, ou seja 68%, se encontram já em fase construção.
Os restantes 4.560 fogos, correspondente a 32%, inserem-se em loteamentos que foram já aprovados pela autarquia, estando em condições para avançar, podendo traduzir-se em obra num horizonte de curto-prazo, contribuindo significativamente para reforçar a oferta residencial da cidade.
Projetos de grande escala ganham força
Importa destacar o papel dos projetos de grande escala na nova oferta habitacional, dado que 48% dos 14.410 fogos licenciados são provenientes de processos de loteamento. Se em 2022 e 2023 estes projetos contribuíam para apenas 25% a 35% do total de fogos licenciados (seja via loteamento ou fruto de licenciamento de obras), em 2024 e 2025 já são responsáveis por 70% a 90% da nova oferta.
De facto, desde 2022 foram licenciados 26 loteamentos, num total de 6.961 fogos, numa média de 267 unidades por loteamento. A dimensão média dos loteamentos tem vindo a aumentar, passando de 256 fogos em 2022 para 365 em 2025.
Ritmo de licenciamento tem vindo a acelerar
Só em 2024, o número de fogos licenciados (via loteamento ou licença de construção) aumentou 17% face ao ano anterior, totalizando cerca de 3.800 unidades. Em 2025, a tendência mantém-se, com 2.000 novos fogos aprovados no primeiro semestre, um crescimento de 6% em relação à média semestral de 2024.