Entre janeiro e maio, o mercado de escritórios mostrou maior dinamismo tanto em Lisboa como no Porto, registando subidas significativas da ocupação. É o que evidencia a mais recente análise da Savills.
Em Lisboa, de janeiro a maio, foram colocados 118.786 metros quadrados de escritórios, mais que triplicando os 34.739 metros quadrados do período homólogo de 2023. Nestes cinco meses, foram fechados 72 negócios, uma subida de 20% face ao ano passado. 21 destas operações dizem respeito a colocações acima dos 1.000 metros quadrados, num total de 100.069 metros quadrados.
A zona do Parque das Nações e a Nova Zona de Escritórios registaram as absorções mais elevadas, de 48.233 e 28.042 metros quadrados, respetivamente.
A Savills ressalva também que os espaços flexíveis representaram 6,8% do volume total de absorção neste período acumulado. O setor financeiro foi responsável por 43% das operações fechadas, e o TMT’s & Utilities correspondeu a 18%.
Já a renda prime, manteve-se estável nos 28 euros por metro quadrado por mês, colocando Lisboa entre uma das cidades europeias com valor de renda prime mais competitivo, concorrendo mais diretamente com mercados como Atenas, Praga e Varsóvia.
Frederico Leitão de Sousa, Head of Offices da Savills Portugal, afirma em comunicado que «o crescimento do mercado de escritórios em Lisboa desde o início do ano tem sido notável face ao ano anterior. Uma subida de mais de 300% no volume de absorção é, de facto, impressionante e revela a grande dinâmica observada nesta cidade. Estes números registados entre janeiro e maio levam-nos a acreditar que 2024 será um ano muito positivo e revelam a grande capacidade da capital do país para atrair empresas nacionais e internacionais».
Porto coloca 21.284 metros quadrados de escritórios
No Porto, o mercado de escritórios registou um volume total de absorção de 21.284 metros quadrados entre janeiro e maio, uma subida de 36% face a igual período de 2023. Neste espaço de tempo, foram fechadas 86 operações, um aumento de 46% face ao ano anterior.
Matosinhos registou uma quota de 38% da absorção registada neste período, com um total de 10.327 metros quadrados. Segue-se a zona CBD Boavista, com um volume de absorção de 9.141 metros quadrados, num total de 19 operações, e uma área ocupada de 481 metros quadrados.
O Porto continua a receber um número crescente de novas empresas, segundo a Savills, mais 61% que no ano anterior. Em especial no setor das TMT’s & Utilities, que contabilizou 52% do volume de absorção deste período acumulado.
Já a renda prime, manteve-se também estável, nos 19 euros por metro quadrado por mês.
Graça Ribeiro da Cunha, Offices Associate da Savills Portugal da zona do Porto, sublinha que «o crescimento do volume de absorção que se verificou nos primeiros cinco meses do ano são sinónimo do grande dinamismo e capacidade de atração do Porto, revelados também pelo número de crescente de novas empresas de setores estratégicos que continuam a escolher a região para se instalarem».