Entre janeiro e março, o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi 1.644 euros por metro quadrado, correspondendo a uma taxa de variação homóloga de 5%. Todavia, este crescimento é inferior ao registado no trimestre anterior, que foi de 7,9%. São os dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE)
No período em análise, ocorreu uma desaceleração dos preços da habitação em dez dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes (18 no 4.º trimestre de 2023). Em sentido oposto, houve um aumento da taxa de variação homóloga em 14 municípios, evidenciando-se o Funchal com mais 17,6 pontos percentuais.
Casas são mais caras em Lisboa, Cascais e Oeiras
No primeiro trimestre do ano, o município do Porto registou um acréscimo de 3,6 pontos percentuais e o de Lisboa de 0,5 pontos percentuais Os municípios de Lisboa (4.190 euros por metro quadrado), Cascais (3.881 euros por metro quadrado) e Oeiras (3.281 euros por metro quadrado) apresentaram os preços da habitação mais elevados.
Segundo o INE, o preço mediano da habitação aumentou, em relação ao período homólogo de 2023, em 19 das 26 sub-regiões NUTS III, destacando-se o Baixo Alentejo com o maior crescimento (28,5%).
No trimestre em análise, as cinco sub-regiões com preços medianos da habitação mais elevados – Grande Lisboa, Algarve, Região Autónoma da Madeira, Península de Setúbal e Área Metropolitana do Porto – apresentaram também os valores mais elevados em ambas as categorias de domicílio fiscal do comprador (território nacional e estrangeiro).
Nas sub-regiões Grande Lisboa e Área Metropolitana do Porto, o preço mediano das transações efetuadas por compradores com domicílio fiscal no estrangeiro superou, respetivamente em 82,3% e 47,5%, o preço das transações por compradores com domicílio fiscal em território nacional.
Entre janeiro e março, o preço mediano de alojamentos familiares adquiridos pelas famílias em Portugal foi 1.667 euros por metro quadrado e o dos compradores pertencentes aos restantes setores institucionais foi 1.500 euros por metro quadrado.
A Península de Setúbal registou a maior diferença entre o preço mediano de alojamentos familiares adquiridos por famílias e o preço da habitação dos compradores pertencentes aos restantes setores institucionais (558 €/m2 , o que corresponde a mais 37,9%).
Loures foi o único município a registar um decréscimo no preço mediano da habitação face ao trimestre homólogo, de 5,2%. Para além dos municípios com mais de 100 mil habitantes atrás referidos, apenas o Funchal e Coimbra apresentaram simultaneamente preços medianos e crescimentos homólogos (18,2% e 11,1%) superiores às referências nacionais.